quinta-feira, 29 de março de 2012

Além do Sol, Além do Mar

Leonardo

Só me restou lembranças de você
Coisas que não vão mais sair de mim
Quando chorando, você me falou
Último encontro, e pra nós dois o fim
Levou meus sonhos, minha vida
Conseguiu levar meu mundo
E junto a minha paz
As suas fotos, o seu rosto
São detalhes que na vida não se apaga assim
Forte demais pra esquecer
Trás de volta essa metade que levou de mim
Pra nunca mais te perder
Nunca mais dizer adeus
Jamais sair de mim
Nunca mais
Preciso tanto de você para sobreviver
Eu não sou nada, sou ninguem,
Sou capaz de morrer
Farei de tudo que é preciso pra reconquistar
Além da vida,
Além do sol, depois do mar.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A GENTE SE ACOSTUMA...MAS NÃO DEVIA



                   


                           A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

                     A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

                    A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

                     A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

                     A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

                      A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

                    A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

                   A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

                   A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.



(Marina Colassanti - 1972)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

 
Aluno experiente
É aluno mais feliz
Escolhe para estudar
A Faculdade São Luís.

Espaço de muita honra
É o que todo mundo diz
Amamos de coração
A Faculdade São Luís.

Aprendemos para vida
com muita sinceridade
Partilhamos com alegria
Nossos sonhos e amizades.

Não é apenas Escola
Todos têm seus valores
Aqui todos se respeitam
Alunos e professores.

Professores e alunos
Na luta pelo saber
Um incentiva o outro
Coragem, vamos vencer!

Créditos a Pe. José Raimundo
e Gicélia Souza

segunda-feira, 23 de maio de 2011



 Irmã Dulce



 Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a religiosa baiana conhecida como Irmã Dulce, o “Anjo Bom do Brasil”, será proclamada Bem aventurada, dia 22 de maio, às 17 h, no Parque de Exposições de Salvador (BA). A causa de beatificação de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro de 2000. A validação jurídica do milagre foi emitida pela Santa Sé em junho de 2003. Em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando, oficialmente, a concessão do título de Venerável à freira baiana. O título é o reconhecimento de que a Irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade..
A fragilidade de Irmã Dulce era apenas aparente. A miudinha freira, raro exemplo de bondade e amor, foi arquiteta de uma das mais notáveis obras sociais do Brasil. Nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, com 13 anos manifestou o desejo de entrar para o convento. Na época, já inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes. Aos 18, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Com os votos de profissão de fé, a já então Irmã Dulce, em homenagem à mãe, voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia. Sem vocação para lecionar, dedicou-se ao trabalho social nas ruas. Começou prestando assistência à comunidade favelada dos bairros de Alagados e de Itapagipe. Mais tarde, fundou a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador, e depois o Círculo Operário da Bahia, que proporcionava atividades culturais e recreativas, além de uma escola de ofício. Criou, em 1939, o Colégio Santo Antônio, instituição pública para os operários e seus filhos. No mesmo ano, ocupando um barracão, passou a abrigar mendigos e doentes, levados depois ao Mercado do Peixe, nos Arcos do Bonfim. Desalojados pelo prefeito da cidade, acolheu-os, com a permissão da madre superiora, no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, transformado em 1960, com o apoio do governador do Estado, que cedeu um terreno, em Albergue Santo Antônio, com 150 leitos (hoje o Hospital Santo Antônio). Inaugurou ainda um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, e um orfanato, o Centro Educacional Santo Antônio, que abriga atualmente 300 crianças de 3 a 17 anos e oferece cursos profissionalizantes.

domingo, 27 de março de 2011




Bonitas são as coisas vindas do interior,
as palavras simples, sinceras e significativas.

Bonito é o sorriso que vem de dentro, o brilho dos olhos...

Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa
ou as noites enluaradas de verão em que todos saem de casa.

Bonito é procurar estrelas no céu
e dar de presente ao amigo, amiga, namorado...

Bonito é achar a poesia do vento, das flores e das crianças.

Bonito é chorar quando se sentir vontade
e deixar que as lágrimas rolem sem vergonha ou medo de crítica.

Bonito é gostar da vida e viver do sonho.

Bonito é ser realista sem ser cruel,
é acreditar na beleza de todas as coisas.

Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações,
mesmo nos momentos de dificuldade.

Bonito é você ser VOCÊ!

domingo, 23 de janeiro de 2011

O valor de um abraço.


Aproxime-se mais...
Tente sentir do que um abraço é capaz.
Quando bem apertado, ele ampara tristezas, combate incertezas, sustenta lágrimas, põe a nostalgia de lado.
É até capaz de diminuir o medo.
Se for cheio de ternura, ele guarda segredos, e jura cumplicidade.
Um abraço amigo de verdade divide alegrias e fica feliz em comemorar, o que quer que seja..
Abraços são pequenas orações de fé, de força,e energia.
Olhe para o lado:
Há sempre alguém que quer ser abraçado e não tem coragem de dizer.
Abrace-o.
O pior que pode acontecer, é ganhar de volta um sorriso de carinho, ou quem sabe, uma palavra sincera.
Você vai descobrir que ninguém está sozinho
e que a vida, poder ser um eterno céu de primavera.